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Nunca se voltou tanto a atenção para a saúde pública como na pandemia da Covid-19. O Brasil, país que possui um dos maiores sistemas de saúde público do mundo, o SUS, também passou por duras crises políticas que resvalaram para a área da saúde. 

Dentro do cenário de incerteza, vê-se hospitais tanto públicos quanto particulares trabalhando para superar a maior crise sanitária do século e se afirmando como centros de referência.

O Torabit organizou uma análise sobre tudo o que é falado sobre os melhores hospitais do Brasil nas redes sociais. Para isso, definiu-se como base o estudo da revista norte-americana Newsweek, que listou os melhores hospitais do mundo considerando vinte países, incluindo o Brasil. 

Ao todo foram analisadas mais de 20 mil publicações no mês de março dos seguintes hospitais: A C Camargo Câncer Center, Albert Einstein, Beneficência Portuguesa, Edmundo Vasconcelos, Hospital das Clínicas (SP), Hospital do Coração, Maternidade São Luiz, Moinho de Vento, Oswaldo Cruz, Sabará, Samaritano, Santa Paula e Sírio-Libanês. 

Algumas marcas se destacaram pela qualidade de sua comunicação digital, outras se destacaram por aparecer na mídia em casos emblemáticos resultando no aumento no volume de menções, tendo maior destaque na pesquisa.

O objetivo é entender o que o público fala sobre os hospitais e qual é o desempenho de cada perfil nas redes sociais, entendendo o assunto mais falado, o gênero, o horário, a localidade, as principais tags, os principais influenciadores e toda particularidade na comunicação de hospitais nas redes sociais no mês de março.

Hospitais Mais Mencionados

Aqui, computam-se menções espontâneas e menções direcionadas às fanpages dos hospitais analisados. O Hospital das Clínicas foi o mais citado (38,8%), pelo fato do ex-BBB Rodrigo Mussi ter sofrido um acidente de carro e ali se abrigado, o que gerou forte repercussão, principalmente por tuítes que viralizaram mencionando o hospital. 

Em segundo lugar vê-se o A C Camargo Cancer Center (34,5%), mérito conquistado pelo trabalho de comunicação do hospital, que possui o perfil mais ativo entre os analisados. 

Albert Einstein (6,4%) foi o terceiro mais citado, muito pelo fato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso receber tratamento no local por ter fraturado o fêmur após queda em casa.

Sírio Libanês (6,3%), Oswaldo Cruz (4,4%), Samaritano (3,2%), Hospital do Coração (2,2%), Beneficência Portuguesa (1,7%) e Moinho de Vento (1,2%), também entraram no radar de menções, porém, com volume reduzido e sem nenhum tuite ou post viral que ajudasse a alavancar o percentual de menções nas redes.

Rede e Sentimento

O Twitter (49,5%) e o Facebook (44,3%) são as redes que mais possuem interação do público com os hospitais. 

No Twitter, encontram-se mais notícias, piadas e posts virais. 

O Facebook funciona como um lugar de interação entre público e as marcas. 

Sites de notícias (2,3%), YouTube (2,1%) e Instagram (1,8%) são redes também presentes, porém com menor interação.

Pelo forte número de notícias no mês, e de posts virais, vê-se que mais da metade das menções são neutras (50,3%). 

Percebe-se também que os hospitais em geral possuem boa reputação nas redes sociais, tendo 34,1% das menções favoráveis às marcas. 

15,5% são de críticas, insatisfações ou posts com palavras ofensivas que possuem conotação negativa.

Nuvem de Palavras

Na nuvem pode se ver as palavras mais presentes referentes aos hospitais. O tamanho da palavra é proporcional ao seu aparecimento dentro do universo de busca. Percebe-se que Hospital das Clínicas e Rihanna são termos em destaque, graças ao post em que o ex-BBB João Luiz Pedrosa fez em brincadeira mencionando o hospital e a cantora. Há também tratamento, câncer, deus, intervalo e saúde como tags de destaque.

Nuvem de Hashtags

A notícia do acidente de Rodrigo Mussi e sua cobertura do G1 são as hashtags que mais se destacaram no mês de março. 

Outras hashtags bem citadas são: #hospitalmoinhosdevento e #accamargocancercenter, emplacadas graças ao trabalho de comunicação de ambas as marcas. 

Assuntos mais falados

Em assuntos mais falados, o objetivo é entender quais são as principais demandas do público quando os hospitais são citados. 

Quase metade das menções referentes aos hospitais no mês de março foram brincadeiras com a Rihanna (49,3%), cantora que visitou o Brasil grávida de oito meses. 

Tirando o post viral e vendo as particularidades do monitoramento, vale destacar alguns dos comportamentos dos usuários. 

O volume de Agradecimento (7%) é muito maior que o de Reclamações (0,2%), o que mostra a boa saúde das marcas nas redes sociais e o comportamento das pessoas de agradecerem. 

Fernando Henrique Cardoso (4,7%) virou assunto após ser internado no Albert Einstein. 

Assuntos ligados ao cotidiano do hospital como Doença (11,1%), Tratamento (6,2%), Médico (4,8%) e Paciente (3,8%) são recorrentes. 

Covid-19 (2,9%) recebeu baixo volume de menções se comparado a outros assuntos, mostrando como o público e a mídia falam menos sobre o tema. Confira no gráfico e nos exemplos a seguir:

Agradecimento – 

https://twitter.com/ParaBr2/status/1509307085342789642

Reclamação –

Doença e Tratamento –

https://www.instagram.com/p/Casm-Ntp22i/

FHC – 

COVID-19

Análise dos Perfíls

Os perfis com maior número de seguidores a comentar sobre os hospitais nas redes foram os veículos de mídia. Notícias como a internação do ex-presidente e do ex-BBB foram veiculadas, mas há também notícias referentes ao bom posicionamento do Hospital das Clínicas no ranking da revista Newsweek, ao aniversário da morte de Chico Anysio, entre outras. 

Em perfis com maior número de interações vale destacar o Twitter do A C Hospital Camargo Cancer Center e do Hospital das Clínicas de São Paulo que, apesar de serem páginas institucionais, conseguem interagir e engajar o público. 

Mais Seguidores                                             

Mais Interações 

https://twitter.com/Estadao/status/1504842564934926338

Desempenho Perfil – Hospitais

Em desempenho de Perfil, foram analisadas as métricas base das fanpages e a repercussão das ações de comunicação.

Twitter

O Hospital das Clínicas é o perfil com maior número de seguidores no Twitter (18 mil), porém destaca-se o Hospital C. Camargo, que aparece em segundo lugar no número de seguidores (10,5 mil) mas em primeiro lugar em engajamento (5,5%). 

Sírio-Libanês (5 mil), Oswaldo Cruz (1,8 mil) e Beneficência Portuguesa (1,3 mil) são outros perfis com quantidade considerável de seguidores, porém o Hospital Oswaldo Cruz é o único entre os três a exibir boa base de engajamento (0,5%).

Facebook

O perfil com mais seguidores na rede é do Oswaldo Cruz (1,6 milhões). 

Outros perfis que se destacam pelo número de fãs em ordem são: Albert Einstein (826 mil), A C Camargo Câncer Center (400 mil), Siro-Libanês (375 mil), Hospital do Coração (229 mil), Moinho de Vento (229 mil), Samaritano (153 mil) e Beneficência Portuguesa (153 mil).

O Hospital A C. Camargo Câncer Center também é destaque no engajamento no Facebook (3,3%), um sucesso devido à atividade da página em responder e interagir com sua base de fãs, assim como no impulsionamento de posts pagos. Outros hospitais que se destacam em engajamento são: Samaritano (0,44%), Sirio-Libanes (0,25%), Beneficência Portuguesa (0,20%) e Hospital do Coração (0,17%).

Instagram

O Instagram possibilita uma boa base de fãs para os perfis dos hospitais, porém nota-se pouco engajamento do público na rede. 

Os hospitais com maior número de seguidores em ordem são: Albert Einstein (442 mil), Siro-Libanês (247 mil) e C. Camargo (97 mil), Moinho ( 73 mil), Hospital das Clínicas (65 mil), Oswaldo Cruz (62 mil), Beneficência Portuguesa (29 mil) e Hospital do Coração (26 mil).

Três hospitais disputam o melhor engajamento nas redes, são eles: Moinho de Vento (0,56%), A C Camargo Câncer Center (0,51%) e Beneficência Portuguesa (0,41%).

Destaque Twitter – 

Destaque Facebook – 

https://www.instagram.com/p/CbK0B1XOUDN/

Perfil do Público (mapa, hora e gênero)

Em março, o pico de menções diárias referentes aos hospitais ocorreu às 21 horas, sendo o horário noturno o de maior engajamento. 

O público é em grande parte feminino (60,1%) e está presente principalmente em São Paulo (37,5%), Rio de Janeiro (17,8%), Minas Gerais (7,7%), Ceará (5%), Pernambuco (4,8%) e Distrito Federal (3,1%).

Grafo de menções

O grafo de menções apresenta o volume e a repercussão de publicações referentes aos hospitais. Nota-se que é um universo bem restrito, muitas marcas fazem uma boa comunicação institucional mas não impactam com grande alcance nas redes. 

O post viral de João Luiz foi o que mais engajou, mostrando como a dinâmica de comunicação de marcas podem ser influenciadas do dia para noite se o assunto entrar no gosto público. 

Vê-se também a presença do Hospital das Clínicas e do A C Camargo Câncer Center, hospitais que fazem uma comunicação capaz de romper sua bolha de público mais restrito. Veículos de mídia como Folha de S.Paulo e G1 também aparecem, o G1 com melhor engajamento do que a Folha. 

https://twitter.com/acccancercenter/status/1509893734569291803

https://twitter.com/folha/status/1504565927081295874

https://www.instagram.com/p/Ca2NzXHM1s8/

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Torabit

Publicado no dia 6 de abril de 2022